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História de parto - Stephanie e Sasha - Primeiro parto - Cesariana não planeada

Disclaimer: Não tive o parto que idealizei. Quero deixar já o disclaimer porque apesar de ter sido um dos momentos mais bonitos e intensos que já vivi, não foi de todo o que idealizei durante a minha gravidez inteira.



Queria um parto natureba, sem epidural, sem intervenções médicas, bem old school e acabei por ter o oposto. Elaborei um plano de parto fantástico e acabei por ter uma cesariana. Mesmo assim, encho-me de orgulho em dizer que a minha cesariana foi uma experiência muito positiva, onde me senti muito bem cuidada e acarinhada por uma equipa médica Angolana e maravilhosa!


Tive uma gravidez super tranquila e activa, tirando o primeiro trimestre em que fui dominada por uma onda de sono gigante e náuseas que só me deixavam comer fruta. Depois disso treinei três vezes por semana, andei muito pela Marginal e Miramar, fui a todos os ambientes e sentadas, todos os domingos estava na praia, fiz curso de hypnobirthing, fisioterapia pélvica, drenagens linfáticas, exercícios na bola de pilates, comi tâmaras, bebi chá de especiarias e trabalhei quase até entrar em trabalho de parto.


A minha bolsa rebenta parcialmente dois dias antes da minha data prevista de parto, a um Sábado de manhã depois de um fantástico banho de imersão. Algo tão leve que não tinha bem a certeza se a bolsa tinha rebentado.


No Domingo, a minha médica pede que eu vá ter com ela para fazer um CTG e para que ela confirme se realmente é líquido amniótico. O CTG está normal, sem contrações expressivas e confirma-se que é líquido amniótico e que tenho uma bolsa rota superior há mais de 30 horas. Como ainda não sinto contrações e existe o perigo de infecção, o próximo passo é ser induzida. A médica pede que vá comer, andar um pouco e buscar a minha mala de maternidade para dar entrada e começar a dar as boas vindas ao Sasha. Antes de ir, a médica pediu autorização para realizar um descolamento de membranas para tentar provocar as contrações e não ter de induzir-me com fármacos quando eu voltasse ao hospital. Por volta das 20h de Domingo, dei entrada no hospital sem qualquer sinal de contrações e fui induzida. Se não sentia nada até aí, depois da indução não havia como negar!


Tentei bola de pilates, tentei duche, tentei dançar, tentei andar e focar-me na pep talk do meu marido, tentei respirar mas cheguei aos 4 cm e pedi ajuda para aguentar as dores. Pedi uma “walking” epidural que foi perfeita! Tirou-me as dores e eu conseguia andar de forma independente, dançar e exercitar-me na bola de pilates para que continuasse a progredir no trabalho de parto.


Passadas 48 horas de bolsa rota, 12 horas de contrações, alguns reforços de epidural e muita pep talk do meu marido, estagnei nos 7 cm e os batimentos cardíacos do nosso filho começaram a ficar acelerados. Quando a médica explicou-nos que o melhor era a cesariana, eu comecei a chorar porque percebi que o parto vaginal que tanto queria não era mais uma opção e passadas algumas horas lá fomos para o bloco de parto.


Recebi abraços de todas as enfermeiras e médicas à medida que fazíamos a travessia como se percebessem o momento agridoce que eu estava a viver. Se por um lado sabia que este era o melhor parto para o Sasha, por outro não era o melhor parto para mim.


O meu amor de marido ficou sempre do meu lado a dar-me a mão e o Sasha nasceu com algum esforço com 4,040 kg e 56 cm na Segunda de manhã. Foi logo para o meu peito onde consegui amamenta-lo! O cordão umbilical foi parcialmente cortado pelo pai e enquanto estive no recobro, pai e filho fizeram muito pele a pele.


Não sabia se seria possível mas recebi o vídeo de nascimento do meu filho. Ao ouvir-me em prantos quando senti a tirarem-no de dentro de mim e a coloca-lo no meu peito, sei que tudo aconteceu como deveria ter acontecido. Não tive o parto que idealizei mas tive o parto que precisava. O meu filho nasceu lindo e saudável! A natureza é deveras soberana. Quero muito repetir 🫣

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